Essa imagem é de minha autoria. Foi registrada em Fevereiro de 2011 e está sendo relacionada com a sensação de liberdade, pois compreendo que trabalhar com a Interdisciplinaridade envolve a liberdade, estímulo,construção coletiva do conhecimento, sugerindo outras relações do indivíduo com o conhecimento científico e com as certezas cultivadas no paradigma moderno.
Em Pedagogia Histórico-Crítica, Saviane diz que educação só é feita quando tem significado, ou seja, temos de ir ao encontro das necessidades, respeitar o aluno em sua individualidade, como um cidadão portador de direitos e deveres. Neste sentido engavetar os conhecimentos seria o certo? Não existe certo ou errado, existe um compromisso que devemos ter com o contexto escolar, no qual cada uma das disciplinas escolares entram em contato, modificam-se, dependem uma da outra, resultando assim uma transformação necessária em conceitos pré estabelecidos.
Em uma proposta curricular integrada as dimensões técnica, essencial e humana, estão intimamente relacionadas quando a procura é de promover um homem capaz de fazer o seu trabalho com presteza (técnica), sabendo do processo de formação de competências (essência), aportando na complexibilidade dos comportamentos, em ser principalmente empático (humano).
As mazelas da educação não podem ser motivos para que não desenvolvamos nosso ofício com responsabilidade para com o outro (o aluno) e o mundo (a sociedade). Pois afinal, o movimento do ensinar e aprender são, primeiramente, descobrir o outro, instruir-se de como o aluno que se apresenta, com uma bagagem de aprendizagens já concebidas e formuladas. Aprendizagens que podem mostrar a sua história de vida. Assim como n filme Escritores da Liberdade, é possível ser um educador sem ser ditador.
Ainda é possível perceber a educação de forma autônoma e que, com a cultura e conhecimento teremos bases para o que o mundo seja mais digno para todos, pois muito mais do que moda, imposição, escolhas sob pressão, é necessário que passamos a estudar, compreender as teorias existentes planejando, avaliando nossa práxis dia a dia.
Parafraseando FREIRE “Se aprende com as diferenças e não com as igualdades”, devemos pensar sobre essa ótica a interdisciplinaridade, pois onde se propõe a entender as diferenças encontram-se a beleza da verdadeira arte de educar. Sendo assim, devemos também perceber que não existe educação, mas educações, ou seja, formas diferentes de os seres humanos partirem do que são para o que querem ser.
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